Conteúdo do curso
Módulo 1: Introdução à Indústria e ao Auxiliar de Produção
- Visão geral da indústria: conceitos básicos, tipos de indústrias e seus processos de produção. - Papel do auxiliar de produção: responsabilidades, habilidades e competências necessárias. - Ética e conduta profissional no ambiente de trabalho industrial.
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Módulo 2: Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes
- Normas e regulamentações de segurança: legislação trabalhista, regras de higiene e segurança no ambiente industrial. - Identificação de riscos e perigos: análise de riscos, identificação de áreas perigosas e medidas preventivas. - Equipamentos de proteção individual (EPIs): tipos, uso adequado e manutenção.
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Módulo 3: Organização e Planejamento da Produção
- Fluxo de produção: entendendo as etapas do processo produtivo e sua sequência. - Controle de estoque: técnicas de gestão de materiais, inventário e controle de entrada e saída. - Noções de planejamento e programação da produção: como otimizar a eficiência e minimizar os atrasos.
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Módulo 4: Operação de Máquinas e Equipamentos
- Conhecimento das máquinas e equipamentos utilizados na produção industrial. - Procedimentos de operação segura: instruções de uso, manuseio e manutenção preventiva. - Resolução de problemas básicos: identificação e solução de pequenos problemas operacionais.
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Módulo 5: Controle de Qualidade na Produção
- Importância do controle de qualidade na indústria: garantia da satisfação do cliente e redução de retrabalho. - Inspeção de produtos: técnicas de verificação da qualidade, registro de não conformidades e ações corretivas. - Boas práticas de armazenamento e manuseio de produtos acabados.
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Módulo 6: Trabalho em Equipe e Comunicação
- Colaboração e trabalho em equipe: habilidades de comunicação, resolução de conflitos e negociação. - Comunicação efetiva no ambiente industrial: instruções claras, relatórios e registros precisos. - Relacionamento com supervisores e colegas de trabalho: ética profissional e respeito mútuo.
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Auxiliar de Produção Industrial
Sobre a Aula

O controle de qualidade industrial está diretamente relacionado à busca contínua por padrões eficientes no desempenho da produção e das rotinas de trabalho nas indústrias. Ele pode garantir um padrão de excelência dos produtos e serviços oferecidos ao mercado e a satisfação dos clientes.

Esse processo envolve a implementação de rotinas sistêmicas que trabalham para otimizar a linha fabril por meio de indicadores industriais e tecnologias que monitoram os ciclos de produção, os processos administrativos e as entregas dos colaboradores, atuando para mitigar as falhas que podem ser facilmente identificadas e corrigidas. 

Conheça, neste artigo, o que é controle de qualidade e como ele pode ser implementado de forma eficiente no ambiente industrial. 

 O que é controle de qualidade?

Controle de qualidade é um conceito que consiste no conjunto de parâmetros, normas e procedimentos técnicos estabelecidos por uma empresa para mensurar se os produtos e serviços cumprem o melhor desempenho dentro dos padrões que se espera da produção, incluindo todos os processos e áreas da indústria. 

Isso significa que essas medidas que fazem a gestão da qualidade do produto devem atuar no monitoramento de possíveis falhas que podem passar despercebidas no processo de produção, a fim de que as ferramentas de controle de qualidade minimizem possíveis erros. 

Entre as falhas que podem ser minimizadas com um controle de qualidade eficiente estão:

  • Necessidade de recall: em casos de erros graves, com risco para a vida humana
  • Devoluções ou manutenção no tempo de garantia: que gera custos desnecessários e muito expressivos
  • Produto que funciona em qualidade inferior:  consequência que resulta na perda de credibilidade da marca.

Como fazer o controle de qualidade industrial?

Os processos de controle de qualidade industrial evoluíram com o passar dos anos, e existem cada vez mais tecnologias e técnicas que atuam na integração das áreas da empresa com objetivo monitorar e identificar necessidades de manutenção em diferentes etapas produtivas antes que possam ser percebidas pelo mercado e pelos clientes. 

Na prática, a metodologia de controle de qualidade industrial se divide em alguns passos. 

Confira abaixo quais são eles:

Monitoramento da produção

Essa etapa envolve o monitoramento das fases da linha de produção, que geralmente é articulada pela gerência e executada pelos líderes de produção. 

Exige precisão e bom fluxo de comunicação para a implementação de processos bem definidos e revisões periódicas, pois no ambiente fabril  é comum que haja rotatividade de funcionários. Quando todos sabem o que fazer, a qualidade é mantida. 

Melhorias contínuas 

Podem ser realizadas manualmente ou com o uso de tecnologias, e são implementadas para analisar o processo de forma minuciosa, comparando a produtividade em dias diferentes e buscando causas para corrigir erros e aplicar manutenções de forma macro ou mais específicas.

Controle de falhas

Fazer um mapeamento das áreas de maior potencial de ocorrência de falhas é um procedimento que pode mitigar possíveis erros e ajudar a manter o padrão de qualidade em cada etapa da produção. Os pontos de controle de falhas podem ser implementados em cada operação por meio de sistemas de monitoramento via máquinas de forma automatizada, com o uso de ações preventivas.

Gerência participativa 

Atua em nível estratégico observando o produto final, criando novas soluções e motivando as equipes para que o processo de controle de qualidade se torne mais eficiente e o produto mais coerente com as necessidades do cliente. A partir de uma comunicação objetiva e transparente, há a revisão e implantação de novas metodologias no dia a dia da fábrica.

Indicadores para o controle de qualidade industrial

Apesar do setor industrial trabalhar com indicadores padrões, para que o controle de qualidade seja efetivo, é importante que cada empresa desenvolva KPIs adequados ao tipo e às necessidades da atividade que desempenha. 

O diagnóstico com indicadores de produtividade mede se os níveis de performance dos equipamentos são eficientes para garantir o controle de qualidade da produção e está  diretamente ligado ao cálculo de Eficiência Total dos Equipamentos (OEE). 

As variáveis usadas para avaliar a eficiência da produção por meio das máquinas são baseadas em três fatores: 

Disponibilidade 

Essa variável avalia a quantidade de tempo em que um equipamento fica parado de forma não programada para conserto inesperado ou falta de matéria-prima. Se a máquina está em manutenção programada e não está produzindo de forma efetiva, ela cumpre uma função fundamental para a sequência das outras ao longo da produção. 

Performance

Diz respeito à eficiência da máquina na realização de determinada função quando comparada a outra de mesmo modelo e que cumpre a mesma atividade. Esse indicador avalia se a performance, o número de repetições da máquina ou os produtos fabricados cumprem a meta de produtividade destinada pela produção. 

Qualidade

Os produtos que não deram certo são resultado de um problema de qualidade da produção, que também deve ser contabilizado no controle industrial medido pelo OEE. Afinal, de nada adianta aumentar o número de produtos produzidos por hora, se boa parte deles não pode ser aproveitada.

Ferramentas de controle de qualidade 

Existem ferramentas de controle de qualidade que podem ser utilizadas para otimizar o processo de implementação dessa metodologia e que contribuem para monitorar as rotinas de aplicação dos indicadores de desempenho.

Entre os principais métodos básicos que podem ser implantados pelas equipes de qualidade estão:

  • Fluxograma: utiliza de gráficos para uma visualização completa, clara e objetiva das etapas do ciclo fabril, a fim de permitir que as equipes identifiquem e percorram de forma eficiente o fluxo da rotina produtiva.
  • Diagrama de Ishikawa: utiliza do método de causa e efeito para prever e mensurar possíveis erros na operação que podem envolver máquinas, métodos, materiais, medidas, mão de obra, entre outras origens.
  • Folha de verificação: focada na organização de processos, automatização de etapas e inspeção de falhas, ela é conhecida também como checklist e funciona por meio de um formulário para a listagem de tarefas que precisam ser periodicamente conferidas.
  • Histograma: gráficos com barras verticais podem representar a frequência de determinados dados para análise da periodicidade de tarefas e atividades que são prioritárias e fazem parte das rotinas de produção.
  • Diagrama de pareto: em formato gráfico, é utilizado para visualizar as causas específicas de não conformidades, falhas e gargalos específicos no processo produtivo.

Por que fazer controle de qualidade industrial?

Quando bem implementados, os indicadores e procedimentos para manter o controle de qualidade da produção industrial permitem um posicionamento competitivo de vantagem para as empresas, por meio de uma imagem de excelência em produtos e serviços perante o consumidor e o mercado.  

Além de ter em mãos um produto que cumpre o que promete e vai ser útil ao consumidor, o aperfeiçoamento dos processos promove a garantia da qualidade por meio da padronização da produção, e reflete na redução de custos imediatos com manutenção, desperdícios e equipamentos parados.

Entre os benefícios do investimento em controle de qualidade, é possível destacar:

1- Satisfação dos clientes 

A fidelização dos clientes, que passam a compartilhar experiências positivas em relação à empresa e o fortalecimento da marca a partir da credibilidade de produtos e serviços com padrão de excelência são reflexos da melhoria contínua em processos de qualidade. Os indicadores têm impacto também no aumento e consolidação das vendas, em conformidade com as metas do negócio. 

2- Melhoria da produtividade

O resultado de um rígido controle de qualidade é o impacto na melhora da produtividade das equipes quando a padronização dos processos é uma consequência do cumprimento de procedimentos e ferramentas que monitoram as máquinas e os times, estejam eles na fábrica ou no backoffice. 

Sendo assim, o aumento do desempenho é beneficiado na medida em que as normas de controle de qualidade minimizam as interrupções na produção. 

3- Gestão de recursos 

Com a padronização dos processos como consequência do controle de qualidade, os recursos podem ser aproveitados de forma otimizada e eficiente a partir da gestão dos custos operacionais, da redução do retrabalho ao longo do ciclo produtivo, do índice de falhas por meio do monitoramento e do desperdício de matéria-prima. 

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